sexta-feira, 30 de maio de 2008

A saúde pública no Rio de Janeiro

Caros amigos, na última segunda feira (25/05/2008) precisei de atendimento médico e tive que procurar um serviço público de saúde, e não foi surpresa encontrar a emergência do hospital municipal Paulino Werneck (Ilha do Governador) lotada e com um péssimo atendimento.
Procuro entender as condições de trabalho de um médico do serviço público, é mal remunerado, não tem condições descentes de exercer sua profissão e passa por uma série de "provações". Apóio os médicos em sua cruzada em busca de respeito, afinal salvam vidas humanas, só não entendo porque alguns profissionais procuram descontar suas insatisfações na pobre população que usa estes serviços.
Nas filas e no atendimento somos tratados como lixo e o serviço oferecido à população é tratado como favor e não como obrigação constitucional do Estado e o pior, todos os meses descontam um percentual de nossos salários para cobrir estes serviços, ou seja, o serviço é pago.
Não posso generalizar, pois existem médicos que respeitam seu juramento e tratam gente como tal, mas o contingente dos que não suportam a idéia de ter quer trabalhar com pobres é muito grande.
Por isso faço uma proposta aos médicos insatisfeitos: Entreguem seus cargos e dêem oportunidade a aqueles que não sentem nojo de seu dever!
Um abraço e até a próxima!

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Que Estado é esse?

Para inaugurar nosso blog usarei um comentário de Marx sobre o Estado, pois muito se comenta da atuação desta instituição em nossas vidas.
Apesar de ser tratado como ultrapassado Marx ainda é atual. Suas críticas deram origem a uma série de contestações sobre a maneira de atuar do capital.
Mesmo o Estado que deveria ser imparcial se rende a interesses capitalistas particulares e nunca responde pela maioria.

“O Estado é um instrumento essencial de dominação de classes na sociedade capitalista. Ele não está acima dos conflitos de classes, mas profundamente envolvidos neles. Sua intervenção no conflito é vital e se condiciona ao caráter essencial do Estado como meio da dominação de classe”.

(...) “o Estado representa o braço repressivo da burguesia. A ascensão do Estado como força repressiva para manter sobre controle os antagonismos de classe, descreve a natureza de classe do Estado”. (Karl Marx)

Mas não devemos nos iludir com promessas de um Estado isento, pois esta instituição foi criada por aqui, para atender os interesses das elites locais.
Nunca deveríamos alegar que ele não funciona bem, pois se ainda representa uma minoria, significa que está trabalhando de acordo com os interesses de seus donos.
E ao invés de criticarmos os pensamentos de Marx e continuarmos os tratando como ultrapassados, precisamos contextualizá-los ao nosso tempo e contemplarmos a riqueza de suas críticas.